sábado, 3 de janeiro de 2009

Cheirando a armação

No dia 29 de janeiro ocorreu na sede social do Trem Desportivo Clube uma assembléia geral.
Na assembléia convocada de modo tímido foi escolhida uma junta governativa para gerenciar o clube durante 120 dias, pois a atual diretoria não organizou a eleição para a gerência do clube.
Estava tudo armado para que o grupo do Deputado Federal Jurandil Juarez tomasse conta do clube, deixando de fora as pessoas que realmente lutaram pelo Trem, com destaque para Socorro Marinho, mulher de fibra e coragem, que luta com todas as armas pelo clube, que se dá de corpo e alma pelo engrandecimento e reconhecimento do rubro-negro.
Socorro Marinho e tantos outros abnegados pediam carne para fazer churrasquinho a fim de vender para ajudar o reerguimento do TDC, cruzavam a cidade em busca de recursos para a realização de eventos como o Baile das Flores e Rainha das Rainhas, reorganizaram as equipes de futebol, basquete e volei, tiraram dinheiro do bolso, colocaram um projeto social para funcionar, ou seja, foram inúmeras conquistas obtidas pela devoção e amor ao Trem Desportivo Clube. Reconheço a valorosa contribuição de Jurandil Juarez e outros empresários, mas isso não o torna dono da situação, a salvação do Trem, pois tantos outros também contribuem e sabem que são um elo da corrente,mas que indubitavelmente a mola propulsora atende pelo nome de Socorro Marinho.
A comunidade do Bairro do Trem não contente com a conjuntura que estava se formando, mesmo sem ser devidamente convocada, foi a assembléia geral e deu seu recado.
A assembléia foi findada sem cumprir totalmente o desejo do povo que se encontrava na quadra do clube. O presidente da mesa, Jaime Nunes, deu por encerrada a ssembléia quando a comunidade se mostrou descontente com a armação montada para dar o controle do clube aos empresários companheiros da CDL.
Não se sabe da intenção do grupo que deseja o controle do TDC. Muito se conjectura a respeito, mas as certezas não são muitas. Mas dá para se ter idéia das nobres intenções quando lembramos do que aconteceu ao irmão Ypiranga em relação à sua sede.
Voltando à assembléia, os fatos podem ajudar a formar uma opinião mais fundamentada sobre a guerra fria que ocorre dentro do clube:

- A junta estava praticamente formada com 5 nomes. Totalmente composta por pessoas ligadas ao Deputado Federal Jurandil Juarez.
Sobre essas pessoas é bom lembrar (ou saber) que uma delas já é vice do clube, Felipe. Não sei o sobrenome porque quase ninguém que participa das atividades do clube o conhece.
- Sob pressão da assembléia Socorro Marinho foi indicada como mais um membro da junta. Logo após as explicações gerais sobre os motivos da assembléia, mais um nome da comunidade foi indicado: Janete Pontes. Fechando a junta em 7 membros, embora ainda se cogitassem outros nomes.
- A assembléia queria aprovar membro a membro a junta, porém o presidente da mesa, em atitude unilateral, fez a votação para aprovar a junta completa. Em uma contagem bastante contestada, a junta foi aprovada por 41 a 39, apesar de alguns, inclusive eu, jurarem que só haviam 33 votos pró-junta.
- Antes da reunião, o grupo empresarial queria reformar a sede campestre, mas a um preço salgado: eles seriam os gerenciadores e, além disso, queriam acabar com os sócios remidos sem reposição daquilo que foi dado ao clube.

Estão colocando o Trem abaixo da vaidade e da cobiça individual. Agora que o clube está reconstruído querem o seu patrimônio. Este grupo que ainda quer mais poder dentro do clube já tem controle há tempos. Veja o atual presidente que nem suas obrigações consegue cumprir, faz o clube perder receita e não tem a simpatia da comunidade e nem dos atletas.
Esperamos ansiosos pela eleição, pois, pelo menos no Trem o TRE e o Sarney não têm influência.